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O “COMPLEXO DE GABRIELA” E A CONFUSÃO ENTRE SER VERDADEIRO E SER MAL EDUCADO

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  AUTENTICIDADE OU GROSSEIRIA? O “COMPLEXO DE GABRIELA” E A CONFUSÃO ENTRE SER VERDADEIRO E SER MAL EDUCADO Por Marcelo Solidade No ambiente corporativo contemporâneo, marcado por mudanças constantes, exigências de adaptação e crescente valorização da diversidade, emerge uma tensão entre o discurso da autenticidade e a necessidade de convivência empática. Expressões como “sou assim mesmo” ou “falo a verdade doa a quem doer” são frequentemente ouvidas como justificativas para comportamentos ríspidos, inflexíveis ou desrespeitosos. Essa postura remete ao que, na cultura brasileira, foi denominado de “complexo de Gabriela” — uma resistência identitária à mudança, baseada na ideia de que a pessoa “nasceu, cresceu e será sempre assim”. O Complexo de Gabriela e sua raiz cultural A origem da expressão remete à personagem Gabriela, do romance Gabriela, Cravo e Canela (1958), de Jorge Amado, posteriormente adaptado para a telenovela da Rede Globo. A personagem, que se notabilizou ficou m...

A Teoria do Cavalo Morto e o Fracasso Empresarial: Lições de Grandes Corporações

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"Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes." Albert Einstein. A "Teoria do Cavalo Morto" é uma metáfora satírica utilizada para ilustrar como empresas, instituições e indivíduos insistem em manter projetos, produtos ou modelos de negócio que já estão condenados ao fracasso. Em vez de reconhecer a situação e mudar de rota, as organizações frequentemente tentam justificar seus erros e continuam a investir tempo e dinheiro em soluções ineficazes. O que é a Teoria do Cavalo Morto? O conceito sugere que, quando se percebe que um "cavalo está morto", a ação lógica seria desmontar e seguir em outra direção. No entanto, na prática, as organizações costumam: • Comprar uma nova sela para o cavalo. • Mudar o cavaleiro em vez de enfrentar o problema real. • Criar comitês para estudar o desempenho do cavalo morto. • Justificar o fracasso comparando-o a outros fracassos semelhantes. • Propor treinamentos para o cavalo, aumentand...

A BATALHA CONTRA O MICROGERENCIAMENTO

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  A Batalha Contra o Microgerenciamento: 10 Dicas para Gestores Fugirem Dessa Prática O microgerenciamento é um dos maiores vilões da produtividade e da motivação no ambiente de trabalho. Caracterizado pelo excesso de controle, supervisão detalhada e falta de confiança na equipe, ele pode minar a criatividade, a autonomia e o engajamento dos colaboradores. Para os gestores, é um desafio equilibrar a necessidade de acompanhar o progresso das tarefas sem cair na armadilha de controlar cada detalhe. Neste artigo, exploraremos o que é o microgerenciamento, seus impactos negativos e 10 dicas práticas para os gestores evitarem essa prática. O Que é Microgerenciamento? Microgerenciamento é um estilo de gestão em que o líder interfere excessivamente no trabalho da equipe, monitorando e controlando cada pequeno aspecto das tarefas. Em vez de confiar nos colaboradores para cumprir suas responsabilidades, o gestor microgerenciador tende a centralizar decisões, exigir atualizações constantes ...

A Importância da Remuneração Adequada para Bons Profissionais no Varejo

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  ”Onde há grandes recompensas, haverá homens corajosos”, ( Sun Tzu) A Importância da Remuneração Adequada e da Gestão Transparente na Captação, Recrutamento e Manutenção de Bons Profissionais no Varejo A célebre frase de Sun Tzu, pode ser adaptada ao mundo corporativo como um princípio fundamental: ”Onde há recompensas justas, transparentes e pontuais, haverá profissionais talentosos, motivados e leais”. No setor varejista, onde a competitividade é alta e a rotatividade de funcionários pode ser um desafio, a remuneração adequada e uma gestão clara e eficiente são pilares essenciais para captar, recrutar e reter bons profissionais. A Captação de Talentos: Remuneração e Credibilidade No varejo, a captação de talentos começa com a oferta de uma remuneração que seja não apenas competitiva, mas também acompanhada de credibilidade. Profissionais qualificados buscam empregadores que garantam não apenas salários atrativos, mas também a pontualidade nos pagamentos. Nada desmotiva mais um ...

CLIENTE INTERNO: UMA VISÃO SOBRE A DISTRIBUIÇÃO DOS CUSTOS OPERACIONAIS.

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  As empresas de varejo, especialmente aquelas com uma grande quantidade de lojas, operam em uma estrutura multifacetada, onde as unidades de venda estão intimamente ligadas aos departamentos de retaguarda, que oferecem suporte essencial para o funcionamento eficiente das lojas. Tradicionalmente, as lojas são vistas como clientes desses departamentos – áreas como logística, manutenção, prevenção de perdas, recursos humanos e administração financeira fornecem serviços que permitem o funcionamento das lojas. O pagamento por esses serviços é implicitamente coberto pelo lucro bruto gerado pelas vendas das lojas. No entanto, com a crescente necessidade de otimização de operações e redução de custos, muitas dessas empresas passaram a transferir parte das responsabilidades da retaguarda para as próprias lojas. Um exemplo típico é a redistribuição de mercadorias: ao invés de uma logística centralizada entregar em todas as filiais, algumas lojas maiores ou centros regionais passam a atuar ...

O Veneno do Poder: Da Parábola do Sapo e do Escorpião à Liderança Tóxica

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  O poder é um elemento complexo e multifacetado que pode revelar o melhor ou o pior das pessoas. Na busca por sucesso e reconhecimento, alguns indivíduos, ao ascenderem a posições de autoridade, deixam-se dominar pela arrogância e pelo autoritarismo, resultando em comportamentos prejudiciais. Para ilustrar a natureza destrutiva desse fenômeno, a parábola do Sapo e do Escorpião oferece uma reflexão profunda. A Parábola do Sapo e do Escorpião Um escorpião queria atravessar um rio, mas, incapaz de nadar, pediu ajuda a um sapo. O sapo, inicialmente relutante, temia ser picado e morrer. O escorpião garantiu que não faria isso, pois ambos se afogariam se ele atacasse no meio do rio. Convencido, o sapo concordou e deixou o escorpião subir em suas costas. Durante a travessia, no entanto, o escorpião picou o sapo. Sentindo o veneno, o sapo perguntou por que o escorpião fez aquilo, condenando ambos à morte. O escorpião respondeu: “Eu não pude evitar. É a minha natureza”. A Natureza Humana e...

Falando de Marketing - O público como protagonista.

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  A Evolução dos 4Ps de Jerome McCarthy: Rumo aos 5Ps com o Público Elevado ao Quadrado O marketing tem evoluído significativamente desde os seus primórdios, adaptando-se às mudanças no comportamento do consumidor, avanços tecnológicos e novas metodologias de gestão. Um dos conceitos mais duradouros e influentes na área é o mix de marketing de Jerome McCarthy, conhecido como os 4Ps: Produto, Preço, Praça e Promoção. Este artigo explora a evolução dos 4Ps, analisa as simplificações feitas pelo varejo, e propõe uma nova abordagem centrada no Público-alvo como o principal P. Vamos introduzir o conceito do “Público Elevado ao Quadrado” (P²), reconhecendo o público como protagonista do mix de marketing. Os 4Ps de Jerome McCarthy Desenvolvido por Jerome McCarthy na década de 1960, o mix de marketing dos 4Ps oferece um framework para empresas desenvolverem suas estratégias de marketing. Cada “P” representa um elemento essencial que, quando gerenciado de forma eficaz, contribui para o suce...